estudo de caso abrindo as gaiolas

ALIANIMA LANÇA O ESTUDO DE CASO ‘ABRINDO AS GAIOLAS’

Levantamento da Alianima acompanha a transição de empresas para sistemas com galinhas livres de gaiolas

Você sabia que atualmente 142 empresas dos setores alimentício e hoteleiro no Brasil têm compromissos públicos de não utilizar mais ovos e derivados originados de galinhas alojadas em gaiolas? Sim, isso é uma realidade – ainda bem! E você pode conferir quais são as empresas e acompanhar a evolução desses compromissos na plataforma da Alianima, Observatório Animal. Afinal, consumidores coerentes que prezam pelo bem-estar animal devem se manter informados para exigir o cumprimento dos objetivos dentro dos prazos estipulados, não é mesmo?

estudo de caso abrindo as gaiolas

Com o intuito de fornecer ainda mais informações ao setor alimentício e ao consumidor, a Alianima realizou o estudo de caso ‘Abrindo as Gaiolas’, um levantamento com três grandes empresas do setor alimentício (Barilla, AB Brasil e GPA) que já migraram completamente ou estão em processo de transição para sistemas em que as galinhas são criadas soltas, com lotação controlada e aporte de elementos importantes, como poleiros, cama (para banho de terra/areia) e local para ninho. O estudo apresenta estratégias e desafios enfrentados no processo de produção e venda desses alimentos, e é um estímulo para que cada vez mais empresas assumam essas diretrizes que melhoram significativamente a vida dos animais. 

“Esses três casos são emblemáticos e servem de referência para outras empresas do setor que já estão em processo de transição ou planejam iniciar essa jornada. Não há outro caminho. Empresas que não adotarem padrões de bem-estar animal não têm futuro em um mercado consumidor cada vez mais consciente e exigente”, observou Patrycia Sato, médica veterinária e presidente da Alianima.

Não fique por fora desse avanço! Acesse agora o estudo de caso ‘Abrindo as Gaiolas’.

É possível adotar uma alimentação ética desde a infância?

Uma infância vegetariana (e saudável) é possível e mais simples do que parece

Rawpixal

Cada vez mais famílias repensam seus hábitos e adotam uma alimentação ética, inspirando também seus filhos a fazerem escolhas alimentares mais conscientes e alinhadas com os seus valores. E há também muitas crianças que optam por não consumir animais por conta própria, ensinando um novo estilo de vida aos seus pais e familiares.

Mas será que é possível adotar uma alimentação ética desde a infância?

Sim, é possível! Segundo a Academy of Nutrition and Dietetics1 e o Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª região (CRN-3)2, a alimentação vegetariana pode ser adotada em todas as fases da vida, incluindo gestação, lactação e infância. Não é uma ótima notícia? 

Uma dieta à base de vegetais bem planejada e, se necessário, suplementada, fornece todos os elementos necessários (exceto a vitamina B12) para o crescimento e desenvolvimento saudável de bebês e crianças, promovendo benefícios à saúde e prevenindo o desenvolvimento das principais doenças crônicas.

A recomendação do Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos3, publicado pelo Ministério da Saúde, é que as crianças vegetarianas, assim como as demais, sejam amamentadas por 2 anos ou mais e exclusivamente até os 6 meses.

Leite materno: o alimento indispensável na nutrição dos bebês

Pixabay

O aleitamento materno deve ser sempre encorajado, pois o leite da mãe é o alimento ideal para a nutrição do bebê, sendo totalmente adaptado às suas necessidades nos primeiros estágios de vida. Além disso, não há diferenças significativas na composição do leite produzido por mães vegetarianas ou não vegetarianas4.

Na impossibilidade do aleitamento materno, há necessidade do uso de fórmulas infantis, feitas à base de leite de vaca, soja ou arroz. É importante ressaltar que o leite de vaca e os leites vegetais não devem ser oferecidos como substitutos ao leite materno ou às fórmulas infantis, por serem pobres em nutrientes e/ou calorias e não atenderem às demandas nutricionais dos lactentes5

A partir dos 6 meses de idade, a introdução alimentar deve ser feita com atenção à escolha e à combinação dos alimentos, de modo a garantir uma alimentação variada e saudável, que atenda as necessidades da criança.

Sociedade Vegetariana Brasileira – Alimentação para bebês e crianças vegetarianas

Além da amamentação em livre demanda, frutas podem ser oferecidas nos lanches intermediários, mas as refeições principais (almoço e jantar) devem conter todos os grupos alimentares, com exceção das carnes, ovos e derivados, no caso das versões vegetarianas. Por isso, é necessário aumentar as porções de leguminosas (como os feijões) e adequar as de cereais (como o arroz) para atingir as recomendações nutricionais.

Fique atento: independente de serem vegetarianas ou não, todas as crianças devem ser acompanhadas por profissionais de saúde para monitorar o seu crescimento e desenvolvimento, bem como orientar sobre sua alimentação e sobre a necessidade de suplementação com vitaminas e minerais. 

Para mais informações, assista à live que fizemos no ano passado com a médica pediatra, endocrinologista pediátrica e mãe Laura Ohana (@medicanavegana), que respondeu às dúvidas mais frequentes sobre o tema. 

Referências

1. MELINA V, CRAIG W, LEVIN S. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: Vegetarian Diets. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics. 2016;116(12):1970-1980. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27886704/>. Acesso em: 14 out. 2021.

2.  CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS 3ª REGIÃO (CRN-3). Parecer Técnico CRN-3  nº 11/2015: Vegetarianismo. Disponível em: <https://www.mpba.mp.br/sites/default/files/area/cecom/2019/parecer-crn3.pdf>. Acesso em: 13 out. 2021.

3.  BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 265 p. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_2019.pdf>. Acesso em: 13 out. 2021.

4. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS COMMITTEE ON NUTRITION. Breastfeeding; Formula Feeding of Term Infants; Nutritional Aspects of Vegetarian Diets. In: Kleinman RE, Greer FR. eds. Pediatric Nutrition, 7th Ed. ElkGrove Village, IL: America Academy of Pediatrics; 2014. p. 41-59; 61-81; 241-264.

5. SOCIEDADE VEGETARIANA BRASILEIRA. Departamento de Saúde e Nutrição. Guia alimentar para a família: Alimentação para bebês e crianças vegetarianas até 2 anos de idade. 2018. Disponível em: <https://svb.org.br/images/livros/alimentacao-para-bebes-vegetarianos.pdf>. Acesso em: 13 out. 2021.