Manifesto denuncia avanço do desmatamento da Amazônia

Ação da ativista e comunicadora Samela Sateré-Mawé e Alianima celebram o Dia Mundial do Meio Ambiente 2022 com o manifesto “Povos Indígenas: A cura da terra”.

Para denunciar o avanço do desmatamento, especialmente nos territórios indígenas amazônicos, a ativista e comunicadora Samela Sateré-Mawé, em parceria com a Alianima, lançaram nesta quinta-feira (2) o vídeo-manifesto “Povos Indígenas: A cura da terra”. O conteúdo está sendo divulgado por meio das redes sociais da ativista e da Alianima e também no website www.alianima.org/acuradaterra.

A iniciativa visa chamar a atenção para esta questão urgente do avanço do desmatamento na Amazônia, que também estará na pauta do Dia Mundial do Meio Ambiente 2022, evento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) que será realizado no próximo domingo (5), em Estocolmo, na Suécia. Na edição deste ano, o evento terá como tema o mote ‘Uma Só Terra’. “Nossos territórios (e corpos) estão sendo ameaçados. Não apenas com o garimpo, mas também com o avanço diário da pecuária, que se desdobra em desmatamento, arrendamentos de terra e grilagem”, alerta Samela, que participará do evento do PNUMA, no dia 5, como comunicadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANIMIGA).

“Nossas terras estão sendo roubadas para criação de gado e monoculturas, como soja e milho. Nossa biodiversidade está sendo atacada pelo apetite voraz pela carne brasileira. Precisamos lembrar que nossa floresta está perdendo toda sua vivacidade para a pecuária, que incentiva desmatamento e queimadas”, diz Samela. De acordo com o Imazon, pelo menos 40% de toda a carne que os brasileiros consomem tem origem em fazendas localizadas na Amazônia Legal. Os pastos dedicados à pecuária ocupam cerca de 90% da área total desmatada, e mais de 90% do desmatamento é ilegal, complementam dados do projeto Amazônia 2030.

A expansão da fronteira agrícola pode ser explicada pelos baixos preços da terra na região e a maior produtividade das pastagens nos principais centros pecuaristas. O capital que patrocina esse avanço muitas vezes tem origem na exploração ilegal da madeira das áreas desmatadas. “Se tudo que fazemos é político, a forma como nos alimentamos também é. É preciso nos questionar diariamente se nossas escolhas pessoais não estão custando a vida de povos indígenas, de animais e de todo o meio ambiente. Somos parte do problema e também da solução”, afirma a ativista.

Veja o conteúdo na íntegra em www.alianima.org/acuradaterra (versão em inglês disponível).

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