Documento Observatório Suíno 2022 mostra avanço do setor na implementação de baias coletivas para os suínos mas entraves na rastreabilidade
A migração das porcas, de celas individuais para baias em grupo, durante a fase de gestação, foi um dos pontos de avanço mais significativos do setor de grandes fornecedores de carne suína no Brasil, constatados pela terceira edição do Observatório Suíno, relatório anual realizado pela Alianima, com o objetivo de acompanhar a evolução das empresas comprometidas publicamente em implementar uma política de bem-estar animal.
“O Observatório Suíno é importante não apenas para acompanharmos a evolução da indústria, mas também ressaltar a extrema relevância da imagem da suinocultura brasileira no cenário global. Bem-estar animal tem sido um tópico de crescente demanda de mercado internacional”, afirma Patrycia Sato, Diretora Técnica da Alianima.
A terceira edição do Relatório, que tem periodicidade anual, teve o objetivo de monitorar as 23 empresas abordadas, sendo sete fornecedoras e 16 novos clientes, entre restaurantes e varejistas, nove deles pela primeira vez sendo abordados pelo Observatório Suíno.
Em comparação com a edição de 2021, foi possível perceber um grande aumento no número total de empresas contactadas – de 14 para 23 (acréscimo de 64%), fato atribuído aos novos compromissos anunciados publicamente no último ano, em especial no grupo de clientes, cujo número dobrou. Um maior número de empresas respondeu em 2022, apesar da diminuição da porcentagem de fornecedores que participaram e manutenção da proporção de clientes respondentes.
Dentro do escopo da avaliação e monitoramento para os fornecedores de carne suína, estavam tópicos como a proporção de porcas já alojadas em baias coletivas durante a fase de gestação, bem como o manejo de leitões e o uso de antimicrobianos.
Os dados coletados nesta edição do Observatório Suíno 2022 foram divulgados durante o lançamento do relatório, no dia 22 de novembro, em webinar transmitido via canal do Youtube da Alianima. Assista:
Além de lançarmos anualmente este documento, mantemos o Observatório Animal sempre atualizado, uma plataforma onde reunimos os compromissos públicos de empresas alimentícias que buscam promover o bem-estar de aves e suínos no Brasil. Acesse!
Vice-presidente de uma das maiores organizações de proteção dos ecossistemas marinhos do mundo mandou a real sobre os impactos negativos da criação de salmões no Chile
No último mês de setembro a Alianima se dedicou a combater as piores fake news sobre a produção e o consumo do peixe mais importado no Brasil, o salmão. Elencamos os assuntos mais urgentes que rondam esse peixe que carrega questões relacionadas à saúde e à falta de conhecimento, além de problemas ambientais e de bem-estar animal.
Uma das maiores inverdades acerca desse peixe é afirmar que ele pode ser consumido “fresco” no Brasil. Isso é impossível porque não existem salmões em águas brasileiras e a maioria do que consumimos por aqui são proveniente de fazendas de produção do Chile que se desenvolveram a partir da introdução dessa espécie no país hermano.
Para enriquecer ainda mais este assunto, convidamos a Médica Veterinária e a Vice-presidente da Oceana Chile, Liesbeth van der Meer, para falar sobre o impacto ambiental da criação intensiva de salmões no Chile, além de explicar por que consumir essa espécie não é a escolha mais sustentável para a ingestão humana de ômega-3 . Olha só:
-> Liesbeth van der Meer é Médica Veterinária, mestre em gestão de recursos naturais e sustentabilidade ambiental e Vice-presidente da Oceana Chile, organização internacional de conservação marinha.
-> A Oceana é uma organização dedicada a proteger os ecossistemas que, pelas suas características, são especiais e únicos, e a promover a restauração daqueles que estão em perigo devido à poluição ou à sobrepesca. Por meio do trabalho científico, jurídico e de comunicação, a Oceana promove políticas públicas em benefício dos oceanos que permitem que as gerações futuras continuem usufruindo dos recursos que eles proporcionam.Atualmente, a Oceana possui escritórios nos Estados Unidos, Canadá, União Européia, Filipinas, Brasil, Peru, Belize, México e Chile.
Publicação “A Verdade Embutida” lançada na semana em que se celebra o Dia do Consumo Consciente destaca perigos escondidos nas carnes ultraprocessadas, como peito de peru, salsicha, linguiça, mortadela e presunto.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o consumo de apenas 50 g/dia de carne processada pode aumentar o risco de câncer colorretal em 18%, além de outros tipos de câncer, como de estômago, de pâncreas e de próstata. Por isso, recomenda-se evitar o consumo de carne processada como forma de se proteger da doença.
A publicação mostra que, na busca por uma alimentação mais saudável, é comum o consumidor ser induzido ao erro pela publicidade, que vende a ideia de que alimentos ultraprocessados são benéficos para a saúde, omitindo a presença de conservantes, corantes e aditivos em suas composições, que podem ser prejudiciais à saúde. A Alianima busca promover a reflexão dos consumidores para a razão de os embutidos serem mais acessíveis e posicionados como opção de proteína em detrimento de alimentos in natura, como acontece com a salsicha para a parcela mais pobre da população.
“Comercializar com preços baixos não compensa a falta de esclarecimento sobre os possíveis danos à saúde. Fora que contribui para o nutricídio, em que pessoas com menos condições financeiras acabam consumindo mais esses produtos.” explica Patrycia Sato, Presidente e Diretora Técnica da Alianima.
Antes de comer o próximo sushi a preços duvidosos ou pedir uma fina posta de salmão ao molho de maracujá,veja como o consumo desse peixe no Brasil carrega questões relacionadas à saúde e à falta de conhecimento, além de problemas ambientais e de bem-estar animal
O salmão é um peixe muito apreciado pela culinária brasileira e, convenhamos, superestimado também. Pintado pela indústria e impulsionado pela publicidade como um alimento saudável, prático, versátil e até mesmo chic, ouvimos nas feiras livres que ele “é fresquinho, freguês”, e no supermercado é possível encontrá-lo junto a outras carnes de pescado com esse mesmo adjetivo. No entanto, o que poucos sabem é que os salmões consumidos aqui no Brasil são trazidos de longe, provenientes de sistemas de criação intensivo (confinado) do Chile, há milhares de quilômetros daqui. Esse sistema é realizado diretamente no oceano, o que causa sérios impactos negativos, tanto para o bem-estar desses animais como para o meio ambiente. Além disso, esses peixes têm problemas de saúde, recebem grande quantidade de substâncias artificiais ou tóxicas e são alimentados com ração de restos de outros peixes, ou seja, nada sustentável.
Assim, o salmão que mais encontramos à venda aqui no Brasil em feiras e supermercados, que é o salmão do Atlântico (Salmo salar), carrega diversos problemas, inclusive relacionados à saúde pública. Veja 5 fatos surpreendentes que você deve saber antes de comer salmão:
1- Alô, alô freguesia! Salmão fresquinho (só que não)!
Já se deparou com o salmão sendo vendido como fresco no Brasil? Pois é, acontece que estão te enganando. O salmão do Atlântico é encontrado naturalmente na região norte do oceano Atlântico, tanto no lado europeu quanto no lado norte-americano, ocorrendo também ao redor das ilhas do Atlântico Norte, como o Reino Unido, a Islândia, e a Groenlândia. Ou seja, não existem salmões nativos em águas brasileiras. Por ser um peixe de água fria, também não existem, até hoje, fazendas de produção de salmão no Brasil. O salmão que se consome aqui é, em sua grande maioria, importado do Chile, sendo proveniente de fazendas de produção que se desenvolveram a partir da introdução dessa espécie no país.
Para que os salmões do Atlântico criados no Chile cheguem até o Brasil, podem ser transportados de avião, mas muitas vezes acabam sendo transportados em caminhões refrigerados por milhares de quilômetros, podendo levar dias e dias para chegar aqui, dependendo da região, ou seja, nada frescos!
2 – Salmão vendido no Brasil é colorido artificialmente.
Salmão que não é da cor salmão? Te explicamos! A cor avermelhada, que é uma característica marcante dos peixes conhecidos popularmente como salmão, vem da alimentação desses animais na natureza. Os salmões são peixes carnívoros que, em ambientes naturais, alimentam-se basicamente de insetos aquáticos, outras espécies de peixes e de crustáceos, incluindo camarões. Esses crustáceos são animais que se alimentam de algas ricas em astaxantina – um carotenoide de cor rosa-avermelhada. É esse carotenoide das algas, presentes nos crustáceos dos quais os salmões se alimentam, que é responsável pela coloração avermelhada característica desses peixes. Ou seja, o salmão não nasce com essa cor, mas ele vai adquirindo essa coloração conforme vai crescendo, alimentando-se e se desenvolvendo.
Mas, quando os salmões são criados em cativeiro, eles comem ração em vez dos crustáceos ou de outros animais que estão acostumados a predar na natureza. Assim, para efeitos estéticos que agradem o consumidor, os produtores adicionam um corante artificial, ou seja, uma astaxantina sintética, à ração oferecida aos peixes em sistemas de produção. Sem isso, a carne do salmão cultivado seria branca, como no caso de outros peixes.
3 – Ração aditivada com antibióticos
Os salmões chilenos são cultivados em sistemas intensivos de criação, mais especificamente em tanques-rede que se assemelham a ‘gaiolas’ flutuantes no mar. Nesses sistemas, em que os peixes são mantidos em altas densidades, não é difícil imaginar que o surgimento e a propagação de doenças possam ocorrer facilmente. Para evitar esse problema, os produtores acabam usando uma quantidade muito elevada de antibióticos na ração que oferecem aos salmões. Isso é prejudicial para a saúde dos peixes, para a saúde das pessoas que se alimentam desses salmões e também para o ambiente marinho.
O uso desenfreado de antibióticos na ração aumenta consideravelmente a chance do aparecimento das famosas ‘superbactérias’, que resistem a medicamentos comuns usados no tratamento de doenças em seres humanos. Ou seja, isso envolve questões importantes de saúde pública, como já alertado por outras organizações, como a Oceana. Tudo errado!
4 – Salmão pode ter… piolhos!
O piolho do mar é o nome popular de um pequeno crustáceo parasita que pode se alojar externamente na pele dos peixes. Esses ‘piolhos’ podem parasitar salmões e é claro que quando esses peixes ocorrem em altas densidades – como no casos dos sistemas intensivos de produção no Chile – o problema de infestação pode ser bem pior. Esses pequenos crustáceos se alimentam da pele e do muco dos seus hospedeiros, sendo que salmões parasitados ficam com seu bem-estar prejudicado e também mais susceptíveis a doenças, podendo até morrer em função da infestação desses parasitas. Esse é um grande problema nas fazendas de produção, que inclusive pode gerar aumento no preço do salmão.
Essa questão também coloca em risco a qualidade do alimento que chega ao prato das pessoas, pois até pesticidas são usados na tentativa de eliminar os parasitas. Os produtores chegam a cultivar espécies de peixes conhecidos como ‘limpadores’ – que se alimentam desses parasitas – junto com os salmões, mas ainda não existe uma maneira totalmente eficaz de resolver esse problema nas fazendas.
5 – Truta salmonada disfarçada de salmão?
Embora no Brasil não seja possível pescar nem produzir salmão, é possível criar trutas, que são peixes da mesma família dos salmões, os salmonídeos. E há espécies de trutas que são muito similares aos salmões, como a truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss). Aqui no nosso país, é possível encontrar as ‘trutas salmonadas’, que nada mais são do que trutas arco-íris criadas em sistemas de produção que passaram pelo processo de ‘salmonização’. Esse processo basicamente se refere à ingestão de ração que contém o corante artificial astaxantina. Assim como no caso do salmão cultivado, quando a truta se alimenta dessa ração com corante em cativeiro, ela desenvolve, de forma artificial, a coloração alaranjada típica do salmão.
E tem mais: embora a truta salmonada seja corretamente identificada para o consumidor em alguns casos, como ela tem uma coloração semelhante ao salmão, mas é mais barata, acaba sendo vendida como se fosse o próprio salmão! E aí os consumidores acabam sendo enganados mais uma vez!
Chocou? Calma que ainda não acabou!
Impacto ambiental
O cultivo de salmões em sistemas intensivos de produção também traz sérios problemas para o meio ambiente. A alimentação dos salmões nesses sistemas é uma ração feita à base de farinha e óleo de peixe com a já mencionada adição de corantes e antibióticos. Como nesses sistemas os peixes estão em ‘gaiolas’ no mar, uma grande quantidade de dejetos e substâncias potencialmente danosas provenientes das rações é despejada diretamente no ambiente, trazendo sérios prejuízos para o ecossistema marinho. Sem contar que, para produzir 1 kg dessa ração, são necessários entre 3 a 5 kg de peixes, uma equação nada sustentável para o equilíbrio ambiental.
Outro sério problema ambiental são os escapes dos salmões. Como as ‘gaiolas’ de cultivo estão dentro do oceano, alguns peixes podem escapar em regiões onde não ocorrem naturalmente, como é o caso das águas chilenas. Salmões são peixes carnívoros e naturalmente agressivos – defendem territórios, e caso escapem, podem acabar predando animais da fauna local e competindo com outras espécies de peixes, chegando até mesmo a transmitir doenças e parasitas – como os piolhos do mar – para essas espécies.
Sérios problemas de bem-estar animal
Outro grave problema se refere ao bem-estar dos próprios salmões. Além da questão das densidades muito elevadas em que são submetidos nesses tanques-rede flutuantes e de ingerirem corantes artificiais e antibióticos sem necessidade, os salmões também são impossibilitados de exercer outros comportamentos naturais dentro de cativeiros, tais como predação e migração.
E se o salmão não migra, ele também não consegue se reproduzir naturalmente. Você deve se lembrar que o salmão é conhecido por ser uma espécie super migratória em vida livre, capaz de migrar por milhares de quilômetros para se reproduzir, uma verdadeira epopeia aquática que começa na água salgada e termina na água doce. Nos tanques flutuantes em que são mantidos, esse extraordinário comportamento do salmão acaba sendo restrito ao diâmetro do tanque.
Da próxima vez que você cogitar comer salmão, drible o marketing, lembre-se desses 5 fatos surpreendentes e faça escolhas coerentes com o que você acredita.
Dra. Aza Njeri aborda no quadro “Papo Reto” o conceito de Nutricídio e seus recortes dentro do contexto brasileiro atual
O termo “Nutricídio”, elaborado e cunhado pelo médico americano Llaila Afrika, trouxe diversas contribuições relevantes para pensarmos sobre a alimentação da população negra de todo o mundo. No Brasil de 2022, que volta a enfrentar a fome diante de um cenário de inflação de alimentos que pressiona os mais pobres a comerem menos e pior, o genocídio via alimentação de uma parte da população é uma triste realidade.
Para explicar e refletir sobre o conceito de Nutricídio, convidamos a Professora e Doutora Aza Njeri. Veja só o Papo Reto que ela mandou:
-> Aza Njeri é Doutora em Literaturas Africanas, pós-doutora em Filosofia Africana, pesquisadora de África e Afrodiáspora no que tange cultura, história, literatura, filosofia, teatro, artes e mulherismo africana. Coordena o Núcleo de Estudos Geracionais sobre Raça, Arte, Religião e História do Laboratório de História das Experiências Religiosas (UFRJ) e o Núcleo de Filosofia Política Africana do Laboratório Geru Maa (UFRJ). É Professora nos cursos de graduação e pós-graduação de Engenharia e Psicologia na Universidade Geraldo Di Biasi. Desenvolve trabalho de interface e crítica teatral e literária, com artigos críticos publicados em sua coluna semanal no site Rio Encena e na coluna quinzenal no Blog.G, além de integrar o premiado Segunda Black, o Grupo Emú e o Fórum de Performance Negra do Rio de Janeiro. Possui um Canal no Youtube para a divulgação e conhecimento afroperspectivados sobre África e Afrodiáspora.
-> Sobre o quadro“Papo Reto – Ecoando Diálogos sobre temas urgentes”: a cada mês, convidamos um especialista para destrinchar determinados conceitos dentro de pautas alimentares, animais e socioambientais, por meio de reflexões transversais e fáceis de entender. Veja todos os episódios aqui.
Maioria na proteção animal, mulheres de diferentes áreas assumem a linha de frente dessa batalha ao mesmo tempo em que enfrentam obstáculos relacionados a gênero
Desde a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, em 1978, temos testemunhado o franco desenvolvimento a nível global do ativismo que busca colocar em prática o pressuposto de que “todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência (…) a serem respeitados (…) e não serem vítimas de maus-tratos, etc”. Se por um lado é lugar comum afirmar que o movimento pelos animais, felizmente, cresceu, o que pouca gente reconhece é que seus líderes e agentes são, majoritariamente, mulheres, e que esse dado é significativo e valoroso na história desse ativismo.
Jane Goodall e o chipanzé Flint / Foto de Hugo Van Lawick, Nat Geo Image Collection
Historicamente, mulheres têm fortalecido a duras penas a agenda animal, encarando a dupla opressão que atravessa seres de outras espécies e as suas próprias condições de gênero. Jane Goodall, primatóloga inglesa que ficou amplamente conhecida no documentário “Jane” (2017), foi a primeira mulher a ir para a África sozinha, ainda nos anos 60, para estudar o comportamento dos chimpanzés. Apesar de suas descobertas terem sido revolucionárias, ela enfrentou críticas sexistas da comunidade científica e midiática da época, e em uma matéria da Associated Press, ela foi retratada como “Loura esguia com mais tempo para macacos do que para homens”.
Os desafios enfrentados pelas mulheres defensoras da pauta animal, ambiental e/ou dos direitos humanos se intensificam dependendo de alguns marcadores sociais, como etnia, raça, classe, orientação sexual, entre outros. Pesquisa publicada pelo Instituto Igarapé em 2022 apontou que oito em cada dez defensoras ambientais sofreram violência – física ou moral – na Amazônia brasileira. Outro exemplo relevante é da psicóloga e zootecnista americana Temple Grandin, que enfrentou o machismo e ceticismo de homens na bovinocultura de corte nos EUA por ser uma mulher autista que defende o bem-estar dos animais explorados pela indústria alimentícia.
Essas interseccionalidades são efeitos do falho sistema patriarcal e antropocêntrico, que inferioriza e oprime a existência daquilo que não pertence ao gênero e sexo masculino, além de deslegitimar o sofrimento animal não humano. Sobre isso, Carol J Adams, ativista feminista-vegetariana e uma das maiores referências dessa linha de pensamento, escreveu em seu famoso livro “A Potícia Sexual da Carne” que “O patriarcado é um sistema de gênero que está implícito nas relações humanas/animais (…) e que portanto não podemos polarizar o sofrimento humano e animal, uma vez que eles se inter-relacionam”.
“Acredito que a proteção animal deve ser vista sob o prisma da interseccionalidade, portanto, nossas ações devem ser discutidas juntamente com temas que prezem pela justiça socioambiental e climática. Somente dessa forma podemos criar uma luta consistente e resiliente frente ao poder opressor do modelo de agronegócio latifundiário que impera no Brasil” – Defende a Co-fundadora e Diretora de Comunicação da Alianima, Sylvia Rodrigues.
A Alianima possui 83% de sua equipe constituída por pessoas que se reconhecem pelo gênero feminino, e esse caso reflete não só a preponderância do gênero no rol dos ativistas, como também expõe a realidade de que mulheres são a maioria no terceiro setor. Esse meio, que possibilita atuar com autonomia junto à sociedade civil, traz possibilidades que são negadas ou dificultadas pelas vias públicas ou privadas. Em entrevista realizada com as profissionais da Alianima, foi possível observar como isso se desenvolve na prática:
“Com 16 anos, eu decidi que queria ser médica veterinária e trabalhar em uma clínica ou hospital veterinário cuidando da saúde de animais de companhia, como cães e gatos. Essa visão começou a mudar quando, no meio da graduação, passei a cursar as disciplinas relacionadas a animais de produção, e ao visitar fazendas-escola fiquei extremamente frustrada com a forma que esses animais eram tratados, inclusive pelos meus professores e outros veterinários. No fim da graduação, conheci uma ONG que trabalhava para melhorar as condições de vida dos animais de produção e atuei com eles como estagiária até depois de me formar. Desde então, não saí mais do terceiro setor” – Relembra a Veterinária, Presidente, Co-fundadora e Diretora Técnica da Alianima, Patrycia Sato.
lustração de Leah Tinari
As profissionais revelaram ainda que já deixaram de ser contratadas por serem mulheres, que já foram tachadas de “românticas” ao falarem da proteção dos animais de produção e consideram que “em uma sociedade especista e machista defender os animais é remar contra a maré duas vezes”:
“Sempre que falamos que trabalhamos com proteção animal, a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas é a proteção de cães e gatos. Muitos não imaginam que exista a proteção dos animais de produção. Além de muitos acharem bobagem, o agronegócio e a pecuária brasileira por muitos anos foram cenários dominados por homens e pelo machismo, fazendo com que muitos ainda pensam que as mulheres não sabem do que estão falando.” – Resposta da Zootecnista e Gerente de Relações Corporativas e Bem-estar Animal da Alianima, Maria Fernanda Martin.
Na introdução a causa, são plurais os caminhos e obstáculos percorridos por essas profissionais, mas em comum destaca-se que o pensamento crítico sobre a alimentação e o voluntariado serviram como molas propulsoras para estarem neste momento dedicando suas carreiras em prol dos animais:
“Decidi cursar Biologia muito por conta do meu fascínio por todas as formas de vida (…) Após a faculdade, iniciei o meu mestrado na área de Biologia Celular e Molecular e, no meio desse caminho, comecei a despertar para questões relacionadas ao impacto do consumo de alimentos de origem animal para o meio ambiente e para a vida desses seres, época em que eu decidi parar de consumi-los. (…) A essa altura, eu já trabalhava com experimentação animal em laboratório há quase 10 anos, mas não me identificava totalmente com a área e sentia a necessidade de fazer algo melhor pelos animais. (…) Durante essa trajetória, conheci pessoas incríveis que atuam em defesa dos animais, participei de congressos sobre nutrição e vegetarianismo, visitei um santuário que resgata animais da indústria, e passei a atuar como voluntária na causa animal. Mais tarde, viria a grata oportunidade de me juntar ao time da Alianima, o que me possibilitou unir uma das minhas maiores motivações pessoais com a atuação profissional.” – Relatou a Bióloga, estudante de Nutrição e Coordenadora de Relações Corporativas na Alianima, Leticia Lima.
Buscando adotar uma perspectiva não-antropocêntrica e embasada no pensamento científico para pautar as ações da ONG, que visam estabelecer relacionamento colaborativo com a indústria e consumidores, a fim de auxiliar a assimilação e implementação de melhorias na vida dos animais, as profissionais da Alianima geram um saldo positivo ao terem como suas aliadas outras mulheres, sendo elas de dentro ou de fora da organização, como conclui Sylvia Rodrigues:
“Vejo com grande satisfação como o movimento está se organizando e amadurecendo, o que pode ser percebido através das coalizões que formamos e as ações que são derivadas dessa cooperação que, não por acaso, possuem mulheres incríveis nos mais diversos cargos. Dentro da própria Alianima, me sinto imensamente satisfeita de ter ao meu lado companheiras potentes, que através de suas vivências individuais, contribuem para a diversidade de pensamento da nossa organização”.
Material gratuito com versões para consumidores e produtores, visa a conscientização sobre o uso racional de antibióticos na pecuária industrial.
Prática na União Europeia desde 2006, a proibição no uso de antibióticos como promotores de crescimento em animais ainda é incipiente no Brasil e a discussão sobre o tema começa a ganhar espaço para além da pecuária industrial.
Para alertar e conscientizar sobre o problema, a Alianima lança hoje a cartilha sobre superbactérias para orientar consumidores e produtores sobre os perigos das superbactérias, que podem surgir a partir do uso indiscriminado de antibióticos na produção animal. Intitulada “O que você precisa saber sobre AS SUPERBACTÉRIAS E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA”, a cartilha já está disponível para download.
Alianima lança cartilha sobre superbactérias.
Na pecuária industrial é comum a utilização de antibióticos de maneira preventiva, quando os animais não estão doentes, prática que colabora diretamente com o surgimento de patógenos cada vez mais resistentes aos antimicrobianos, tornando os antibióticos menos eficazes quando realmente necessários.
O Brasil é o maiores exportadores mundiais de carne suína e de frango, mas não há legislação específica sobre o uso não-terapêutico de antimicrobianos na pecuária industrial. À medida que um número crescente de consumidores se torna consciente dos potenciais benefícios da escolha de produtos “livres” desses medicamentos, os mercados interno e externo podem se tornar vulneráveis. Em janeiro deste ano, por exemplo, entraram em vigor novas leis proibindo alimentação rotineira contendo antibióticos na criação animal pela União Europeia, incluindo produtos importados pelo bloco. Essa decisão impacta as exportações brasileiras, principalmente de frango de corte.
Todos os atores da cadeia possuem responsabilidade sobre o tema, incluindo o consumidor final, fazendo valer sua força a partir da exigência de produtos fabricados com responsabilidade e transparência, além da adoção de melhores escolhas. Que tal fazer parte dessa mudança?
Baixe agora e compartilhe esta importante informação por aí.
Participante de 26% do PIB do país, o agronegócio não é garantia de comida suficiente e de qualidade no prato da população brasileira, que volta a enfrentar a fome.
Antes de explorarmos as três razões pelas quais o Agronegócio não é sinônimo de comida no prato, é importante definir o que significa segurança alimentar. De acordo com a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), a segurança alimentar é definida como “a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis”. Quando esses ideais são comprometidos, surge a insegurança alimentar, que pode ser classificada como leve, moderada ou grave. Se estiver no nível grave, a pessoa está experienciando a fome.
Apesar do agronegócio não ser isoladamente responsável pelo aumento da insegurança alimentar, ele poderia facilitar o acesso de alimentos em todo o mundo. Além disso, manobras políticas que almejam a sua lucratividade deixam de fora questões relativas à soberania alimentar e a erradicação da fome. Veja então, três razões pelas quais o Agronegócio no Brasil não é sinônimo de comida no prato de todos os brasileiros:
COMMODITY NÃO É SINÔNIMO DE COMIDA NO PRATO
Uma estimativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) aponta que o mundo produz hoje mais de 2,74 bilhões de toneladas de grãos, e essa quantidade seria o suficiente para alimentar a população mundial. Porém, o agronegócio é um modelo que não tem a perspectiva principal de alimentar pessoas, e sim de produzir mercadorias para exportação de algumas culturas, as famigeradas commodities, que são matérias-primas básicas produzidas em larga escala, negociadas mundialmente e com grande valor comercial e econômico. Essas mercadorias servem de base para a fabricação de outros produtos com maior valor agregado.
Por exemplo, o Brasil é o maior produtor e exportador de soja, respondendo pela produção da metade da oleaginosa consumida globalmente. A safra nacional de soja em 2020/2021 foi estimada em 135 milhões de toneladas e bateu recordes de exportação em 2021, com 83 milhões de toneladas enviadas a outros países.
Pixabay
Nesse contexto, engana-se quem pensa que esse montante vai alimentar outras populações: conforme dados levantados pela AgroStat, das 135 milhões de toneladas de soja produzida pelo país, 12% foi exportada já processada como farinha e óleo, e os 55% dos grãos in natura produzidos e enviados para exportação também serão processados e utilizados para atender principalmente a demanda agropecuária – na engorda dos animais explorados na indústria alimentícia. Ou seja, apenas uma pequena parcela da soja in natura produzida nos 36 milhões de hectares de território brasileiro é destinada ao consumo direto das famílias brasileiras.
INFLAÇÃO E ESTAGNAÇÃO DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NÃO É SINÔNIMO DE COMIDA NO PRATO
Nesse contexto de maior lucratividade com a exportação de commodities, a produção de alimentos para o mercado interno é menos vantajosa. A produção nacional de arroz, por exemplo, tem permanecido estancada frente à elevação dos custos da indústria de alimentos durante a pandemia, à alta dólar e às baixas nas safras em decorrência de fatores climáticos, como as secas e geadas. Todos esses fatores justificam o aumento dos valores dos alimentos da cesta básica, o que deixa o acesso dos consumidores mais vulneráveis cada vez mais escasso.
Foto: Alex Capuano/CUT/Divulgação
Além disso, a produção de carne utiliza uma parcela muito grande de território – com o pasto e as monoculturas – que poderia ser ocupado pela produção de alimentos diversificados. O Brasil é o maior exportador de carne bovina no mundo, e mesmo assim, 67% dos brasileiros cortaram o consumo de carne vermelha por conta da inflação, do desemprego e do empobrecimento.
DESMONTE DA AGRICULTURA FAMILIAR NÃO É SINÔNIMO DE COMIDA NO PRATO
Você sabia que o presidente Jair Bolsonaro vetou quase integralmente o Projeto de Lei (PL) 735/20? O projeto dispunha de importantes medidas emergenciais aos agricultores familiares do Brasil para mitigar os impactos socioeconômicos da Covid-19. Em uma canetada, o presidente vetou desde o auxílio emergencial a esses trabalhadores até a renegociação e adiamento de dívidas e linhas de crédito emergenciais.
Se por um lado o presidente desvaloriza e desmonta políticas e programas de promoção da produção da agricultura familiar, por outro concede benefícios ao agronegócio, facilitando o acesso a créditos e financiando dívidas de grandes produtores rurais.
Foto: Agência Brasil
Esse enfraquecimento da agricultura familiar não é nada bom para a segurança alimentar, afinal a agricultura familiar ainda é responsável por garantir boa parte da alimentação da população brasileira. Dados da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) apontam que a agricultura familiar é responsável por 70% do que se consome no país, e diferentemente do que acontece no contexto do agronegócio, que prioriza a produção de commodities, na agricultura familiar o que predomina é a policultura, possibilitando pavimentar o caminho para a erradicação da fome (se com o apoio de políticas públicas).,
A insegurança alimentar é um grande desafio para o Brasil. Enquanto práticas que contribuam para a produção de diversidade de alimentos e a soberania alimentar não sejam aplicadas e asseguradas, teremos o aumento da fome. O agronegócio, pela sua potência inquestionável, deveria cumprir a máxima que diz “o agro brasileiro alimenta o mundo”, considerando a qualidade e o acesso aos alimentos, respeitando a democratização do uso de terras para outras produções, como as da agricultura familiar, e exigindo sempre uma distribuição justa de recursos. O agro só poderá ser considerado “pop” se for realmente pensado para a população.
E aí, o que você acha? Deixe seu comentário e vamos ampliar este diálogo.
Pensamento filosófico que considera os humanos superiores à natureza e a outros seres é prejudicial e merece ser ativamente confrontado nos próximos anos.
Se você nunca ouviu falar desse conceito, é melhor se atualizar, porque estamos arraigados a ele até o último fio de cabelo. Cabelo este que foi lavado com xampu embalado em plástico não reciclável, testado em animais, e repleto de microplásticos em sua composição que descem pelos ralos e poluem rios e oceanos, o que afeta ecossistemas inteiros e, em última instância, a vida na Terra. Achou complexo? É que além de um conceito, o antropocentrismo também é o modus operandi da humanidade há séculos – mas já passou da hora de refletirmos sobre um novo modelo de coexistência, não acha?
“A Criação de Adão” de Michelangelo
O antropocentrismo é uma concepção que coloca os humanos como centrais e únicos detentores de posição moral, sendo-lhes, por isso, tratados sempre como prioridade. Isso sustenta que a vida humana tem valor intrínseco (valor em si mesma), enquanto outras entidades (incluindo animais não-humanos, plantas e afins) são percebidas como recursos instrumentais que podem ser justificadamente explorados para o benefício da humanidade.
Esse modo de ver e viver a vida tem levado a exploração dos recursos naturais e de outros indivíduos além do limite máximo da capacidade da Terra, desconsiderando o valor e os interesses de tudo que não é o humano. E o humano, como sabemos, consome muito com muita desigualdade social, produz além do necessário e descarta rapidamente (e incorretamente) tudo que não atende mais a seus interesses e necessidades. Não à toa temos vivido tantas catástrofes globais, mudanças climáticas e epidemias – na era do Antropoceno, as atividades humanas irresponsáveis atiram para todos os lados, inclusive para o nosso próprio pé.
Além disso, essa visão de mundo tóxica leva os humanos a traçar distinções entre as espécies animais, o que chamamos de especismo. Por exemplo, a maioria dos humanos não gostaria de ver seus cães serem tratados da maneira como os porcos são tratados na indústria alimentícia, embora os suínos sejam capazes de sentir a mesma dor e sofrimento que os caninos. Essa visão não parece, no mínimo, contestável?
Reprodução DOPE MAganiz /Arte de Want Some Studio
Fica aqui a reflexão: será o antropocentrismo uma atitude que devemos alimentar em 2022?
Nós da Alianima acreditamos veementemente que não e, por isso, seguimos atuando na contramão desse modo de estar no mundo. Resistimos para coexistir! Vamos juntos nessa?
A chegada de um novo ano é sempre uma oportunidade de mudança, de repensar hábitos antigos e de plantar sementes de boas intenções para um novo ciclo.
Com a pandemia, percebemos que estamos todos interconectados e que as nossas escolhas diárias exercem grande influência sobre o outro e o meio ambiente.
Então, que tal aproveitar esse momento de reflexão para adotar hábitos alimentares mais saudáveis e responsáveis?
Dar preferência a diferentes tipos de alimentos de origem vegetal e limitar o consumo de alimentos de origem animal contribui indiretamente para um sistema alimentar socialmente mais justo e menos estressante para o ambiente físico, para os animais e para a biodiversidade em geral.
Sabemos que deixar de consumir ou reduzir o consumo de alimentos de origem animal pode ser um desafio. Por isso, te convidamos a olhar para suas escolhas alimentares sob uma nova perspectiva e esperamos que estas dicas te inspirem no processo:
Amplie o seu leque de opções antes de fazer restrições
Uma boa dica antes de restringir grupos alimentares da dieta é incluir mais opções de vegetais, frutas e leguminosas no seu dia a dia, alimentos que devem ser a base da sua alimentação. Planeje suas compras e busque frequentar feiras e locais que comercializam variedades de alimentosin natura ou minimamente processados, dando preferência aos alimentos da estação e cultivados localmente.
Reduza o consumo de carnes e derivados aos poucos e lembre-se de que não há regras, vá no seu tempo e dentro das suas possibilidades. Você pode optar por retirar primeiro de uma refeição ou de algum dia da semana ou da forma que você se sentir mais confiante.
Informe-se!
Informação é poder e a internet pode ser uma ótima ferramenta para agregar conhecimentos sobre o tema. Uma alimentação à base de vegetais bem planejada e, se necessário, suplementada, é reconhecida mundialmente por órgãos internacionais de saúde como sendo saudável, nutricionalmente adequada e promotora de benefícios à saúde. Além disso, é uma forma efetiva de gerar menos impacto sobre o meio ambiente e de preservar os nossos recursos naturais, enquanto prevenimos o desenvolvimento das principais doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Se desejar se aprofundar sobre os benefícios dessa alimentação, busque por livros, documentários, especialistas sobre o assunto e se inspire em quem está percorrendo o mesmo caminho que você.
Outra dica útil é pesquisar locais que servem boas opções de pratos à base de plantas e de marcas de produtos isentos de componentes de origem animal.
Busque orientação de um profissional da saúde
O acompanhamento feito por um profissional da saúde capacitado, e que respeite a sua escolha, irá te ajudar a ajustar o plano alimentar de acordo com as suas necessidades e a sanar as dúvidas que surgirem ao longo do processo. É sempre bom estar com os exames em dia para avaliar a necessidade de adequação nutricional ou suplementação alimentar. É altamente recomendável que esse acompanhamento seja feito independentemente das escolhas alimentares, mas já que estamos falando em novos hábitos, é válido ressaltar esse ponto. Muitas pessoas que “comem de tudo” tendem a pensar que estão tendo uma alimentação balanceada, o que pode ser um tremendo equívoco!
Descubra novos sabores e seja criativo na cozinha
Busque por receitas que te inspirem e se permita testar novas combinações na cozinha. O mundo vegetal é um infinito de possibilidades e você vai descobrir deliciosos e diferentes sabores! É possível adaptar seus pratos favoritos sem ingredientes de origem animal e resgatar a memória afetiva de receitas de família apenas fazendo algumas substituições. Aprender a ler rótulos também é importante para se assegurar do que você está consumindo.
Seja pragmático e pegue leve com você mesmo
Para além de qualquer rótulo, cabe lembrar que as nossas escolhas são construídas diariamente. Buscamos não a perfeição, mas sim excluir, na medida do possível e do praticável, formas de exploração e crueldade contra os animais não apenas na alimentação, mas também no vestuário, em cosméticos, no entretenimento e em outras esferas de consumo. Explore alternativas mais éticas em outras áreas da sua vida e faça o que estiver ao seu alcance hoje.
Tomar atitudes que nos possibilitam viver de acordo com os nossos valores é uma baita resolução de ano novo, hein? Seja pelos animais, pelo meio ambiente ou pela sua saúde, o importante é identificar o que te motiva a fazer essa mudança e seguir em frente!
Você está pronto para dar o primeiro passo? Baixe aqui nosso e-book gratuito com receitas à base de vegetais e comece a se inspirar!
Feliz novos hábitos!
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