Publicação “A Verdade Embutida” lançada na semana em que se celebra o Dia do Consumo Consciente destaca perigos escondidos nas carnes ultraprocessadas, como peito de peru, salsicha, linguiça, mortadela e presunto.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o consumo de apenas 50 g/dia de carne processada pode aumentar o risco de câncer colorretal em 18%, além de outros tipos de câncer, como de estômago, de pâncreas e de próstata. Por isso, recomenda-se evitar o consumo de carne processada como forma de se proteger da doença.
A publicação mostra que, na busca por uma alimentação mais saudável, é comum o consumidor ser induzido ao erro pela publicidade, que vende a ideia de que alimentos ultraprocessados são benéficos para a saúde, omitindo a presença de conservantes, corantes e aditivos em suas composições, que podem ser prejudiciais à saúde. A Alianima busca promover a reflexão dos consumidores para a razão de os embutidos serem mais acessíveis e posicionados como opção de proteína em detrimento de alimentos in natura, como acontece com a salsicha para a parcela mais pobre da população.
“Comercializar com preços baixos não compensa a falta de esclarecimento sobre os possíveis danos à saúde. Fora que contribui para o nutricídio, em que pessoas com menos condições financeiras acabam consumindo mais esses produtos.” explica Patrycia Sato, Presidente e Diretora Técnica da Alianima.
Encabeçada pela Alianima, o documento endereçado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) propõe a regulamentação de critérios que proporcionem um ritmo de crescimento dos animais mais próximo do natural
O Brasil detém o título de maior exportador de carne de frango do mundo, ocupando a terceira posição no quesito produção, com uma cifra que supera a marca de 16,6 milhões de cabeças abatidas diariamente (IBGE). O que poderia ser motivo de orgulho esconde os efeitos cruéis do uso do melhoramento genético pela indústria da carne de frango.
A tecnologia de seleção genética de frangos criados para abate consiste no cruzamento de aves com a seleção de características mais desejáveis, para que as próximas gerações tenham um ganho genético que proporcione um aumento da produtividade das granjas, com menor custo e maior rapidez. Na seleção, são priorizados o desenvolvimento da musculatura de peito e coxa, consideradas as partes mais lucrativas, além de induzir um crescimento acelerado dos frangos, em um ritmo até três vezes mais rápido que o natural.
Na década de 50, um frango levava cerca de 70 dias para atingir um peso de 905g. Hoje, são necessários apenas 42 dias para que o animal passe de 60 gramas para 3 kg, peso considerado pela pecuária como ideal para o abate. O problema é que esse crescimento antinatural produz diversas sequelas aos animais, dado que os órgãos vitais e a estrutura óssea não acompanham o crescimento acelerado, levando as aves a apresentarem doenças metabólicas e locomotoras.
O excesso de peso pode provocar deformação nas pernas impedindo as aves de ficarem em pé e se locomoverem, impossibilitando-as de chegarem até comedouros e bebedouros, fazendo com que elas passem fome e sede. Fraturas e problemas de articulação também são frequentes. O coração e os pulmões são sobrecarregados com os músculos aumentados, provocando a morte súbita dos animais. Lesões de pele e patas também são comuns devido ao sobrepeso.
O Brasil possui algumas definições legais sobre bem-estar animal, como instruções normativas que estabelecem normas de abate, mas não há regulamentos quanto à seleção genética. Para mudar esse cenário que, além de ineficaz, desconsidera mínimos padrões éticos em relação aos animais, as organizações de proteção animal Alianima, Animal Equality, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Humane Society International, Mercy For Animals, Proteção Animal Mundial (World Animal Protection) e Sinergia Animal lançaram uma petição para solicitar que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) regulamente a seleção genética dos frangos, oferecendo aos animais o direito a crescer em um ritmo mais próximo do natural, proporcionando melhorias em questões de saúde e bem-estar.
Nós, humanos, temos nos relacionado com outras espécies animais há séculos. Cientistas acreditam que os cães foram os primeiros a serem domesticados. Por meio de relatos arqueológicos, sugerem que há mais de 14.000 anos temos estabelecido com eles uma cooperação mútua para caça, proteção e companhia. E aproximadamente 12.000 anos atrás, teríamos começado a domesticar outros animais, como carneiros, para deles obtermos carne, leite e lã.
Desde então, o caráter exploratório dos animais pelos humanos foi se acentuando. A partir do entendimento básico de hereditariedade, o ser humano começou a cruzar animais com características e/ou habilidades desejáveis, no intuito de mantê-las ou aumentá-las nos descendentes, promovendo o surgimento de raças com aptidões específicas, como cães mais adaptados para caça, ou cavalos mais mansos.
Com o desenvolvimento da engenharia genética, desde meados do século XX, a seleção artificial tem sido altamente aplicada. Sobretudo em um cenário pós-Segunda Guerra Mundial, quando a produção de alimentos passou por um processo de intensificação para suprir uma população que voltava a crescer, a pecuária acompanhou a modernização agrícola, de modo a impulsionar ao máximo a produtividade. Dentre diversas tecnologias, a seleção genética foi uma forte aliada, uma vez que permitiu um crescimento acelerado dos animais, aumento na produção de leite, maior desenvolvimento de músculos para cortes de carne mais interessantes comercialmente, mais leitões nascidos por parto, entre outros.
As mudanças, mesmo que promovidas gradativamente, são exorbitantes. A produção de leite de algumas raças bovinas, como a Holandesa, mais que dobrou nos últimos 40 anos; as porcas, que antes geravam em torno de 7 filhotes a cada gestação, hoje dão à luz mais de 12 leitões que ganham muito mais peso em muito menos tempo, principalmente por maior desenvolvimento das áreas do lombo e do pernil; galinhas poedeiras que, de 15 ovos por ano, agora põem cerca de 300; e os frangos que, assim como os suínos, crescem muito mais rápido (até 3 vezes mais que o natural) e desenvolvem mais a musculatura de peito para atender o mercado.
Vaca da raça Holandesa com elevada produção de leite por seleção genética. Fonte: Sinergia Animal
Entretanto, todas essas alterações nos corpos dos animais causam inúmeros prejuízos ao seu bem-estar. As vacas comumente manifestam problemas de saúde, como mastite (processo inflamatório bastante doloroso), laminite (inflamação nos cascos, chegando a mancar) e cetose (distúrbio metabólico). Os porcos apresentam maior mortalidade ao nascer, comportamento mais agressivo (lesionando uns aos outros), doenças metabólicas, sofrem muito mais com o calor, são mais vulneráveis ao estresse, e as reprodutoras frequentemente passam fome porque demandam mais energia e nutrientes para gerar mais filhotes. As aves poedeiras também ficam mais agressivas (há incidência de aves mortas em gaiolas por conta das bicadas) e sofrem de osteoporose por falta de cálcio, que é retirado dos ossos para produzir a casca dos ovos. Já os frangos apresentam doenças metabólicas, locomotoras e cardiovasculares, porque seu coração, pulmões, ossos e outros órgãos não acompanham o veloz crescimento dos músculos em apenas 42 dias, quando são enviados ao abate.
A linhagem genética comercial origina um porco mais pesado, com dificuldade de locomoção e quase sem pelos para se proteger do calor e do sol. Fonte: Starvet
Frangos de corte atingem seu peso de abate aos 42 dias, apresentando diversos distúrbios. Fonte: Oikeutta eläimille
Além do sofrimento causado aos animais, a justificativa do aumento da produtividade para alimentar uma crescente população humana é bastante questionável. Não apenas pelo fato da pecuária industrial promover drásticos impactos ambientais, mas também por ser um sistema de produção de alimentos extremamente ineficiente do ponto de vista energético: em média, para alimentar os animais criados para consumo, são usadas aproximadamente dez vezes mais calorias do que as contidas em sua carne. Portanto, as toneladas de grãos cultivadas, como a soja, o sorgo e o milho, necessárias para alimentar os bilhões de animais que são abatidos anualmente, poderiam ser destinadas de forma mais eficiente para alimentar diretamente a população humana. Fora que muitos desses produtos de origem animal não são economicamente acessíveis a todas as camadas sociais. Há muito gasto de energia, terras, água limpa, mão-de-obra, combustível para produzir e exportar/comercializar esses alimentos. E a aceleração da engorda dos animais não torna a atividade mais sustentável, visto que a indústria tende a produzir cada vez mais, e não a reduzir o seu impacto social e ambiental.
Dado esse conflito ético e ineficácia, a saída então seria frear esse suposto melhoramento genético, a fim de originar animais que crescem em um ritmo mais próximo do natural, o que reduziria muitos problemas de saúde e bem-estar. Aliado a essa medida, é preciso compreender que o consumo de produtos de origem animal deve ser gradativamente reduzido pela população geral, porque o planeta não comporta mais sucessivos recordes de produção, e os animais não deveriam ser submetidos a tantas manipulações excruciantes para atender um hábito (não uma necessidade).
A Alianima atua para reduzir as piores práticas da pecuária industrial, como o uso de linhagens genéticas de crescimento rápido, além do alojamento em celas e gaiolas, e procedimentos dolorosos rotineiros na produção animal.
Referências
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Sacrificar milhões de animais confinados em sistemas de produção para conter cepas de vírus da gripe aviária é um placebo para problema recorrente – e os animais não deveriam estar pagando com suas vidas.
A humanidade parece não seguir o sábio ditado popular que diz “é melhor prevenir do que remediar”. Vivemos nossas vidas com a pretensa segurança de que “para tudo tem remédio”, mas além disso não ser verdade, essa ideia afrouxa nossos esforços políticos na revisão e contenção de práticas humanas que comprovadamente suscitam o surgimento de diversas doenças como, por exemplo, a influenza aviária, conhecida popularmente como gripe aviária.
Apesar de vários fatores contribuírem para a disseminação da influenza aviária e o surgimento de diversas variantes, como a migração natural de aves, a venda de animais silvestres vivos, o comércio global e o deslocamento internacional de pessoas, é inegável que a pecuária intensiva é terreno fértil para a propagação de doenças. A interação prolongada entre homens e outros animais nos sistemas de produção lotados em espaços diminuto, medidas de biossegurança negligenciadas, invasão contínua das terras agrícolas em áreas selvagens, e o uso indiscriminado de antibióticos são alguns dos fatores que tornam os sistemas de criação intensivos um campo minado para o surgimento de doenças.
A contaminação laboral é um ponto preocupante, já que é no contato direto entre o animal que uma pessoa pode ser contaminada, e vice-versa. Nas aves, o vírus da influenza é eliminado nas fezes e nas secreções respiratórias e pode ser transmitido através do contato direto com secreções de aves infectadas, ou por fezes,alimentos e água contaminados, além depermanecer por muito tempo no ambiente, podendo inclusive se espalhar por objetos (sapatos, roupas, equipamentos), tornando os humanos que trabalham nos galpões alvos mais propensos de contrair o vírus.
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Ainda que H5N1 tenha baixa transmissibilidade entre humanos e ainda representa riscos baixos à saúde pública, quando um surto de gripe aviária acontece, outras milhões de vidas serão impactadas: as das próprias aves. A transmissibilidade entre elas é altíssima, e mesmo as que não morrem pela doença são abatidas, saudáveis ou não, para conter a disseminação do vírus. Ainda que a legislação permita esse tipo de manejo, o abate em massa de animais aborda apenas os sintomas do surto, não ataca a raiz da questão, fere o bem-estar animal (já que dificilmente o abate humanitário será aplicado) e não sugere o enfrentamento necessário para prevenir outros surtos.
E o que mais parece alarmar a indústria e os governantes é o prejuízo econômico que a contaminação poderá causar, como restrições comerciais, perda de toneladas de carne e até a recusa das pessoas em consumirem esse tipo de alimento. Apesar dessas serem preocupações importantes dentro do aspecto socioeconômico, por que as imagens de milhares de animais sendo descartados – as verdadeiras vítimas da gripe até agora – não chocam?
Entre 2003 e 2007, mais de 20 países da Ásia, África e Europa registraram casos de gripe aviária em animais e estima-se que pelo menos 200 milhões de aves domésticas (de uma população mundial total de 10 bilhões) morreram ou foram abatidas como resultado do H5N1. Neste surto atual, notícias já apontam para números expressivos de mortes de aves.
Por enquanto, as cepas de influenza que estão circulando no Brasil são a H1N1 e H3N2,. Porém, se não exigirmos sistemas de produção menos nocivos aos animais, ao meio ambiente e aos humanos, as variantes continuarão se adaptando e poderão implicar em epidemias e até pandemias altamente letais. Além disso, são necessárias atitudes menos antropocêntricas da nossa parte para os animais, que além de morrerem aos milhões diariamente em sistemas de produção para o consumo humano, são as maiores vítimas dessa gripe, e não os algozes.
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A criação do animal terrestre mais abatido no mundo deve ser repensada pela indústria e pelos consumidores.
Amontoados em galpões imensos de granjas, praticamente sem espaço para locomoção e com procedimentos de abate questionáveis: essa é a qualidade de vida que a indústria de frangos de corte tem oferecido aos animais mais abatidos do mundo. Mas será que é possível adotar boas práticas em busca de melhorar a vida destas aves?
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Em 2020, cada brasileiro comeu em média 45 kg de carne de frango, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o que representa um aumento de 5% em relação ao que foi consumido em 2019. Além dessa crescente demanda interna, o Brasil é o maior exportador de frango do mundo, o que fez com que nosso país abatesse mais de 13 milhões de toneladas dessas aves no ano passado. Essa produção em larga escala representa uma cadeia de problemas que afetam não só os frangos, mas também a saúde humana e a de todo o meio ambiente. Portanto, saber como aconteceu a produção do frango que chega embalado no supermercado é importante para repensarmos nossa alimentação e exigir melhores práticas por parte da avicultura industrial.
A realidade da produção de frangos
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Falta de espaço: os frangos, assim como todos os animais, precisam de espaço, local de socialização e exploração, entre outras necessidades para um nível satisfatório de bem-estar, mas a realidade da superlotação dos galpões sequer permite que as aves consigam se deslocar ao longo do galpão.
Uso desenfreado de antibióticos: esses medicamentos são utilizados para que os frangos ganhem peso rapidamente, porque facilitam a absorção dos nutrientes da ração e evitam que as aves tenham diarreia. Porém, esse uso indiscriminado de antibióticos cria condições para que surjam bactérias resistentes a esses fármacos, as superbactérias, o que impossibilita o tratamento de doenças causadas por esses patógenos, inclusive em humanos, já que 70% dos antibióticos administrados nos animais são utilizados para o tratamento de doenças em humanos.
Aceleração de crescimento: enquanto uma ave normal atinge menos de 1 kg de peso em quase 60 dias de vida, as de crescimento rápido através de seleção genética apresentam 2,5 kg em 40 dias, ou seja, ganham 50 vezes o valor de seu peso inicial em pouco mais de 1 mês. Isso acaba refletindo em problemas de saúde nos animais, pois como os músculos se desenvolvem muito rápido, seus ossos e órgãos vitais não acompanham esse ritmo, gerando problemas cardiorrespiratórios, locomotores e metabólicos. ⠀
Ar saturado de amônia: é comum que o ar dos galpões de engorda dos frangos apresentem altos níveis de amônia, em função dos dejetos das aves, o que dificulta a respiração das aves e dos trabalhadores das granjas.
Desenvolvimento de doenças: a produção em larga escala de frangos é propícia para o desenvolvimento de colibacilose e salmonelose aviária, que culmina na contaminação da água e solo, não apenas pelas bactérias em si, mas também pelo excesso de antibióticos utilizados. Alguns dos problemas de saúde causados por E.coli em seres humanos são: gastroenterite, infecção urinária, infecção biliar, pneumonia, meningite, sepse, entre outras.
Abate: Com apenas seis semanas de idade, os frangos já estão prontos para o abate. Nesse curto período de existência, o que se vê são frangos presos em corpos grotescos e enormes, com mobilidade reduzida. Na hora do abate, os frangos são pendurados vivos e conscientes de cabeça para baixo em estruturas metálicas. Além de sentirem dor com o peso do corpo pressionando suas pernas contra essa estrutura, a posição invertida não é nem um pouco natural para as aves, que ficam estressadas e começam a bater suas asas numa tentativa de se levantar.
Como melhorar a vida dos frangos
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Enquanto surgem cada vez mais compromissos públicos da indústria sobre boas práticas na criação de animais como o suínos e galinhas poedeiras, o bem-estar dos frangos segue sendo negligenciado em detrimento da maximização de lucros a qualquer custo. A Alianima dialoga com a indústria da avicultura de corte brasileira para rever esse cenário e implementar práticas de bem-estar animal, como:
Reduzir a lotação de animais no galpão;
Fornecer enriquecimento ambiental;
Criar de raças de crescimento mais lento;
Incentivar uso de alternativas ao antibiótico, como enzimas e óleos essenciais;
Tornar o método de abate mais eficaz e evitar a prática de perdura;
Adquirir selo de certificação do bem-estar animal.
Saiba mais sobre nossa atuação na Indústria de frango de corte no Observatório Animal.
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