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22 de novembro, 2024

Conheça os 6 pilares do bem-estar de peixes

Os peixes vivem no mundo aquático, com suas próprias formas de se expressar e interagir. Embora muitas pessoas tenham dificuldade de entender que eles são animais sencientes, há inúmeras pesquisas científicas que indicam que os peixes são sim capazes de sentir dor e outras emoções, tais como nós ou outros animais.

Assim, abordar o bem-estar desses animais aquáticos é fundamental. Mas quais aspectos devem ser levados em conta? É exatamente isso que vamos ver a seguir:

Qualidade da água

A qualidade da água é a base da saúde dos peixes. Caso esteja baixa, certamente refletirá em peixes estressados e doentes que, inclusive, poderão morrer. Desse modo, manter uma boa qualidade da água é fundamental para manter os peixes saudáveis.

Para isso, os principais parâmetros da água que devem ser monitorados frequentemente incluem o nível de oxigênio dissolvido, pH e a temperatura, que devem estar dentro dos parâmetros ótimos para a espécie. Aeração artificial pode ser necessária para manter bons níveis de oxigênio dissolvido. Além disso, níveis de amônia e nitrito – substâncias tóxicas para os peixes – devem sempre estar próximos de zero.

Alimentação

Não é apenas uma ração de qualidade, de acordo com as necessidades da espécie, que importa. O manejo alimentar envolve quantidade, frequência e horários de alimentação. Oferecer quantidades insuficientes ou, por outro lado, excessivas de ração, é prejudicial para os peixes. Falta de alimento causa fome, e excesso de alimento prejudica a qualidade da água.

É importante oferecer alimento em tamanho apropriado e nos horários adequados para a espécie e o seu respectivo estágio de vida. Por exemplo, os alevinos certamente têm dificuldades para comer alimentos muito grandes. Além disso, realizar uma boa distribuição do alimento nos tanques/viveiros, em várias partes, e em uma frequência condizente com o comportamento alimentar natural da espécie são essenciais para manutenção do bem-estar dos peixes

Espaço e densidade

Densidades muito altas ou muito baixas são ruins para os peixes. Para saber a melhor densidade, é preciso conhecer bem a espécie e seus comportamentos sociais em vida livre. Uma espécie solitária como o Tambaqui, por exemplo, certamente vai sofrer se permanecer em altas densidades enquanto, por outro lado, uma espécie que naturalmente forma grandes cardumes, como a Sardinha, vai lidar melhor com densidades mais altas.

Mas é importante ter em mente que lidar melhor não significa que densidades absurdamente altas não prejudiquem o bem-estar dessas espécies. Lotações bem acima daquelas encontradas em vida livre são prejudiciais para a espécie em questão. Outro ponto a se considerar é que diferentes estágios de vida – alevinos, juvenis, adultos e reprodutores – podem ter necessidades diferentes relacionadas à densidade.

Enriquecimento ambiental

Na natureza, normalmente o ambiente aquático é complexo, com vegetação, diferentes fluxos de água, pontos de sombreamento, diferentes tipos de substrato – como areia, lodo e cascalho – ou mesmo estruturas que funcionam como refúgios. Já nos tanques e viveiros, geralmente o ambiente é ‘pobre’, ou seja, não oferece estímulos adequados para que os peixes possam exibir seus comportamentos naturais, como fariam em vida livre.

Assim, a técnica de enriquecer o ambiente em que os peixes são mantidos tornando-o mais complexo, com mais estímulos positivos, é outro ponto fundamental para o bem-estar desses animais aquáticos. Para isso, é importante conhecer a fundo as necessidades comportamentais de cada espécie e de seus respectivos estágios de vida.


Manejo e Transporte

Quando o manejo e o transporte forem necessários, devem ser realizados no menor tempo possível e por uma equipe bem treinada para reduzir o estresse dos peixes. Anestesiar os animais antes de manejá-los para inseri-los em sacos ou caixas de transporte ajuda a reduzir o estresse e evitar ferimentos. Sal na água de transporte também ajuda no bem-estar dos peixes, mas é necessário checar a quantidade apropriada, e se a espécie é tolerante.

Preencher o espaço vazio dos sacos de transporte com oxigênio pode ser crucial para melhorar as condições de transporte dos peixes. Monitorar a qualidade da água durante todo o transporte também é importante. Densidades muito altas de transporte dos peixes são mais estressantes e prejudicam muito a qualidade da água, e por isso devem ser evitadas.

Crédito: We Animals

Insensibilização e abate

Para serem abatidos de forma humanitária, os peixes precisam passar por um processo de insensibilização antes do abate. Uma insensibilização adequada deve tornar os animais inconscientes – e não apenas imobilizados – de forma imediata, e por tempo suficiente para que sejam abatidos por sangria das brânquias ou decapitação sem retomar a consciência.

Com base em estudos científicos, a insensibilização percussiva ou elétrica são melhores para assegurar o abate humanitário. Por outro lado, asfixia em gelo/água gelada, uso de CO2 e banhos de sal ou amônia não devem ser utilizados para abater os animais. Para que todo o processo seja realizado adequadamente, os equipamentos de insensibilização e abate devem ser ajustados para cada espécie, considerando o tamanho dos indivíduos.

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Imagem: Freepik

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