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20 de setembro, 2023

5 fatos surpreendentes que você PRECISA saber antes de comer salmão

O salmão é um dos peixes queridinhos pelo brasileiro. Rodízios de japa com bastante salmão e outras iguarias são muito pedidos em comemorações ou happy hours. E em muitas dietas, o salmão fresco é um dos ingredientes que não pode faltar.

Mas você sabe quais são as problemáticas que envolvem a produção de salmão para o meio ambiente? E mais ainda, você sabe a real origem desse peixe?

Antes de pedir um salmão grelhado ou com cream cheese no próximo jantar, é importante que você saiba 5 fatos sobre ele que vão te surpreender!

1 – O Salmão do Brasil não é fresco e nem é do Brasil

A maior parte do salmão consumido no Brasil é importada do Chile, onde existem fazendas de produção que se desenvolveram após a introdução da espécie no país. Para chegar ao Brasil, o salmão do Atlântico criado no Chile pode ser transportado por avião, mas muitas vezes é transportado em caminhões refrigerados por longas distâncias. Dependendo da região do Brasil, essa jornada pode levar dias, o que compromete o frescor do peixe.

O transporte de salmão em caminhões refrigerados por longas distâncias pode afetar a qualidade do produto, especialmente se não forem tomadas precauções adequadas para manter a temperatura correta durante todo o percurso. O resultado é que o salmão vendido como “fresco” no Brasil não tem a mesma qualidade e sabor que um salmão verdadeiramente fresco.

Assista aqui ao vídeo produzido pela Alianima, e entenda melhor como é feito esse transporte e fuja dessa pegadinha comercial.

2 – O Salmão vendido no Brasil é colorido artificialmente

A cor avermelhada característica do salmão selvagem é resultado de sua alimentação na natureza, onde se alimentam de crustáceos, que se alimentam de algas que contém astaxantina, um pigmento carotenoide que confere essa tonalidade. No entanto, quando os salmões são criados em cativeiro, sua dieta consiste principalmente em ração comercial em vez dos alimentos naturais que encontrariam na natureza.

Para manter a cor característica do salmão e atender às expectativas dos consumidores, os produtores de salmão adicionam corantes artificiais à sua ração. Esses corantes normalmente contém astaxantina sintética, um pigmento vermelho-alaranjado usado para garantir que a carne do salmão tenha a cor avermelhada que os consumidores esperam.

Assista aqui ao vídeo da nossa especialista em peixes, Carol Maia, sobre a coloração artificial do salmão e seus riscos para o ser humano e meio ambiente.

3 – Uso excessivo de antibióticos na alimentação

Para evitar o surgimento e a propagação de doenças, são utilizadas quantidades consideráveis de antimicrobianos na produção de salmão. Estima-se que sejam necessárias cerca de 473 toneladas de antibióticos para produzir salmão no Chile. Esses medicamentos são usados para combater bactérias que afetam os peixes em criadouros superlotados.

A utilização intensiva de antibióticos na piscicultura pode resultar em consequências negativas para o meio ambiente. Os resíduos de antibióticos presentes na água desses sistemas podem afetar a fauna marinha, incluindo outros peixes, crustáceos e organismos marinhos em geral. Essa contaminação pode desencadear desequilíbrios ecológicos e propiciar o surgimento de superbactérias.

4- O salmão pode ter… Piolhos!

Um dos problemas enfrentados pela indústria de salmão, é a infestação de parasitas, principalmente a de piolho do mar (Lepeophtheirus salmonis). Esses crustáceos parasitas podem afetar negativamente a saúde e o bem-estar dos salmões criados em sistemas intensivos de produção, como é o caso no Chile.

O piolho do mar se alimenta da pele e do muco dos peixes hospedeiros e,  em altas densidades, podem causar danos significativos à saúde dos peixes. Os salmões parasitados podem ficar estressados, ter seu crescimento comprometido e ficar mais suscetíveis a doenças. Em casos mais graves, a infestação intensa desses parasitas pode até levar à morte dos animais.

Essa é uma preocupação tanto para a saúde dos peixes quanto para a qualidade do salmão consumido pelos seres humanos. Para combater os parasitas, os produtores muitas vezes recorrem ao uso de pesticidas e outros produtos químicos, que  representam riscos tanto para o meio ambiente quanto para a segurança do alimento.

Alguns produtores também adotam a prática de criar peixes “limpadores” junto com os salmões para ajudar a controlar a infestação, uma vez que eles se alimentam dos parasitas presentes nos salmões. No entanto, ainda não existe uma solução totalmente eficaz para eliminar a infestação de parasitas nas fazendas de produção de salmão.

Neste conteúdo em vídeo, produzido pela Alianima, nós te contamos um pouco sobre os parasitas que os salmões podem conter e seus riscos.

5- Truta salmonada, salmão não!

A truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) é uma espécie de truta da mesma família dos salmões, criada em sistemas de produção no Brasil.

No processo de criação da truta arco-íris em cativeiro, alguns produtores adotam a prática de “salmonização”, que consiste em fornecer ração contendo o corante artificial astaxantina para proporcionar à truta a coloração alaranjada típica do salmão. 

Alguns comerciantes se aproveitam dessa semelhança de cor entre os dois peixes, e vendem a truta salmonada como se fosse salmão!

Aqui você encontra mais informações, em vídeo produzido pela Alianima, sobre essa realidade que ainda é tão desconhecida para os consumidores.

Muita informação, não é? E tem mais!

Os dejetos e substâncias químicas tóxicas  provenientes das criações de salmões em sistemas de produção em mar aberto são uma questão ambiental preocupante. A liberação desses resíduos no ambiente marinho polui e prejudica os ecossistemas costeiros. Além disso, a grande quantidade de peixes capturados para a produção de ração para o salmão intensificam a pressão sobre as populações selvagens e contribui para a sobrepesca e o desequilíbrio do ecossistema marinho.

Os escapes de salmões dos sistemas de criação também são um problema ambiental grave. Ao escaparem para o oceano, esses peixes podem causar impactos negativos em regiões onde não são nativos. Eles se tornam predadores de outros animais, competem por recursos alimentares e podem transmitir doenças e parasitas, afetando a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas locais.

Assista ao vídeo informativo, produzido pela Alinima, sobre como esses escapes podem impactar a vida nos oceanos.

Além disso, a densidade elevada de salmões em tanques-rede e a restrição dos seus comportamentos naturais, como a migração e a predação, têm um impacto negativo no bem-estar animal. Os salmões são seres com necessidades e comportamentos próprios em seu ambiente natural, e mantê-los em condições artificiais pode causar estresse, doenças e comprometer sua qualidade de vida.

Por isso, busque informações confiáveis sobre a origem dos alimentos que você consome e faça escolhas alinhadas com seus valores.

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Imagem: Freepik

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